segunda-feira, fevereiro 18, 2008



Colégio Euclides da Cunha
16/02/08




Eu não gosto de eventos underground. Se é pra ser sincera, serei, ainda que sofra com as conseqüências. Digo isso porque a mesmice das bandas me irrita. Não criam, não diferenciam e acham que ainda assim farão sucesso. Talvez eu esteja exagerando e pense assim porque estou ficando velha, mas repito, esse tipo de evento na me agrada.
Porém, são os ossos do ofício e, quando menos se espera, surgem algumas boas surpresas.


A tarde começou com as bandas Nível 1 e Fall in Danger, que infelizmente não pude assitir. Logo, não falarei nem mal nem bem! Cheguei no meio da apresentação das meninas do Pink Hell. Em seguida, vieram Priest of Death , El Salvatore , CIDM , Imortais S.A, Cabaret e, por fim, o Matanza.


Eu destacaria três bandas: a Imortais SA, que tem a Dani detonado na batera; a CIDM, que faz um protesto bem-humorado, porém com letras coerentes sobre nossa Digníssima (sic) política brasileira; e Cabaret, que mescla música e teatro, numa performance bastante interessante. Não estou julgando a qualidade de nenhuma, apenas a (falta de) criatividade. É sempre a mesma coisa e convenhamos, uma hora enche o saco.


Os meninos do CIDM apresentam-se trajando terno, gravata e máscaras dos nossos querido(?) políticos. Conseguem protestar de forma divertida e, apesar de na hora da apresentação ninguém parar pra discutir política, impregnam no inconsciente, com certeza! Já o Cabaret, tem um vocalista no maior estilo Boy George, e são influenciados por bandas como Queen e o cantor Elton John. Além disso,são auto- intitulados como os últimos heterossexuais sensíveis. É
uma temática interessante.
Enquanto os shows rolavam, na quadra do Colégio Euclides da Cunha, no pátio alguns djs insistiam em fomentar uma pseudo-rave, mas o som de dentro, abafava o de fora e era quase impossível ouvir alguma coisa. Porém, mesmo assim, algumas pessoas insistiam em dançar e a ‘’rave’’ fez sucesso.


Por volta d
as 22h, o Matanza começou seu show, que durou aproximadamente uma hora e meia. Confesso que não o som dos caras não é bem minha praia, até porque não sou machão (rs), mas não posso negar que tenha sido um bom show. Já era de se esperar, mas no momento em que a banda se apresentou, foi quando a quadra do colégio ficou mais cheia. Os rapazes, devidamente identificados com as letras, esbanjavam orgulho e satisfação em ouvir palavras tão coerentes com seu estilo de vida! Haha. Faziam coro em todas as músicas e rodinhas proliferavam-se! O som do local nem era dos melhores, mas não foi um problema. Os pontos altos foram em clássicas como : Clube dos Canalhas, Ela Roubou meu Caminhão e Bom é quando faz mal. Levaram também Pé na porta, soco na cara , O último bar e Estamos todos bêbados , entre outras.


No geral, foi legal. Pra quem gosta! Haha.












Lívia Bueno




Fotos: Renata Pitanga