domingo, maio 11, 2008

:: Engenheiros do Hawaii ::


No último sábado, 3 de maio, os Engenheiros do Hawaii trouxeram ao público carioca seu show de seu acústico Novos Horizontes,apresentando-se num Canecão tomado pelos fiéis fãs da banda de Porto Alegre.

Humberto Gessinger e sua trupe, adentraram os palcos da casa quase que pontualmente e durante as exatas duas horas de show, apresentaram novos e antigos sucessos. Antes de mais nada, vale ressaltar a impecabilidade do cenário, que com seu jogo de luzes sincronizado, deixaram o espetáculo mais bonito. O som do Canecão também contribuiu com o show e não notei nenhum problema, nenhum ruído. Estava limpo e ouvia-se claramente a voz e os instrumentos. Aliás, a única reclamação que ouvi foi quanto ao som do baixo, que estava alto demais, mas sinceramente acho que não foi um grande problema.

Voltando a falar de música, iniciaram a apresentação com canções mais ‘’baladinhas’’ , do novo cd. Até mesmo os fãs da banda comentaram sarcasticamente sobre essa fase ‘’emocional’’ de HG e cia. Eu, particularmente não sou uma entusiasta da banda, curto apenas algumas músicas, mas nada que me fizesse pagar pra assistir a um show deles, ainda mais com essas apresentações mais calmas e com mesinhas. Acho que fica sacal até mesmo para os fãs mais fundamentalistas que defendem sua banda a todo preço. Apesar de fazerem coro em todas as músicas, só no primeiro bis que uma parte do público resolveu levantar e chegar mais perto do palco, demonstrando um pouco mais de animação. Na segunda parte do show reproduziram as músicas acusticamente, sentados em banquinhos e fazendo releitura de clássicos, como Era um garoto que como eu, amava os beatles e os rolling stones .

No primeiro bis, uma fã subiu o palco e tascou um beijo no rosto de Gessinger, que ficou meio sem graça, mas seguiu adiante com a apresentação. No outro bis, um cidadão que parecia fora de si, também invadiu o palco, mas de maneira grosseira, o que nitidamente irritou o vocalista e fez com que terminassem o show antes da hora. Porém, esse pequeno contratempo não foi suficiente para estragar a noite da grande maioria dos fãs, que seguiram curtindo o show.

Resumindo, pra mim foi um show sem erros, mas apático. Não senti muita emoção vinda do palco e creio que os fãs merecessem mais da banda, que estava um tanto quanto blasé, apesar da simpatia de Gessinger, que mesmo sem trocar muitas palavras com o público, parecia à vontade. Vale também destacar sua qualidade de multiinstrumentista, já que além dos vocais, arriscou-se na gaita, baixo e nos teclados! Haja disposição!

Set List

O papa é pop

Até o fim

No 1/2 de tudo você

3a do plural

Toda forma+chuva

Vertical

Pose

A onda

Não consigo odiar ninguém

Dom quixote

Parabólica

Somos quem podemos ser

Ilex paraguariensis

Era um garoto que como eu, amava os beatles e os rolling stones

Novos horizontes

Alívio imediato

3x4

Refrão de bolero

Luz

Terra de gigantes+quanto vale a vida

Pra ser sincero

Infinita highway

Armas químicas e poemas

A montanha

bis 1:

Surfando karmas & dna+ vida real

Piano bar

bis 2:

Cinza

Ando só


Texto e fotos por: Lívia Bueno




http://www.riounderground.com.br/review_de_shows_detail.asp?id=104


http://www.riounderground.com.br/fotos.asp?id=283






quarta-feira, abril 16, 2008

Ah, que tal dar uma passadinha no site do mundo rock de calcinha ?! Eles fizeram uma campanha bem legal de doação de sangue e eu fui lá no Hemorio fazer a cobertura... [ http://www.mundorockdecalcinha.com/atitude/fotosRJ.html ] Legal a iniciativa!

:: Cabaret ::


Conversamos com Márvio, vocalista da banda Cabaret e nesse bate-papo descobrimos artistas que ainda se preocupam com qualidade e inovação. Falamos de influências, novidades, venda de cds e claro, críticas.




1.Quais são as influências da banda?

Bem, as influências são muito diversas. Nós somos muito diferentes nos gostos e, de canção para canção, a gente acaba escolhendo vibrações diferentes, mas não dá pra escapar dos Stones, do Zeppelin, do Ney Matogrosso e do Queen. Aí tem um que curte Pink Floyd, outro que curte Strokes, eu gosto de ópera, varia muito.


2.E quanto ao visual de vocês? Qual a importância da indumentária e da maquiagem? De onde surgiu a idéia?


Bem, isso foi uma coisa que começou nos primórdios, quando Eu, o baixista e o guitarrista. tocávamos numa banda chamada Glamourama. A banda tinha uma proposta glam bastante forte, e eu tomei gosto pela maquiagem. Hoje, não me imagino no palco sem isso. Gosto dessa força a mais, dessa riqueza de expressão e o poder de provocação que a maquiagem me permite no palco.


3.Já que você falou em provocação, além disso, o que mais vocês intencionam transmitir com suas músicas? Do que se tratam suas letras, exatamente?


As letras estão aqui: (www.nobrefarsa.blogspot.com) Antes de responder isso, deixa eu perguntar a vocês: o que foi que eu como artista consegui transmitir a vocês? (Lívia) Não assisti o show todo, mas posso dizer que , no mínimo tentam transmitir coragem e ousadia. Parecem não ligar pras críticas. (Renata) Bem, eu assisti o show e pude observar que você interpreta as canções como um ator de teatro. Pude perceber desde o início. Até perguntei numa de nossas conversas se você era mesmo ator. (Márvio) hmmm. Que bom... gostei da coisa da coragem. Mas, voltando, o que vocês desejam, de fato, transmitir? Isso é relativo e nossas opiniões podem não retratar a intenção de vocês.Eu gosto de interpretar bem as letras; olhar no olho do público. O importante é essa transmissão. Não tenho uma mensagem completa, direcionada. Eu vou onde o ouvinte me permite, mas eu tenho minhas premissas. Uma banda que fala de exagero, desamor urbano. Uma banda que celebra o palco, o espetáculo. Acho que nós somos isso.



4.E como foi a ópera-rock que vocês produziram? Como surgiu a idéia?


Quando a gente tava terminando o disco, eu reparei que havia uma ordem que contava uma história. Só que eu não usei essa ordem no disco porque as pessoas não iam entender. Tempo depois eu comecei a aperfeiçoar a coisa da dramaturgia, da história a ser contada, e aí decidimos que era hora de fazer a tragédia andar.



5.Quem foram os participantes?Bem, quem participou: Carlos Lopes, o Vândalo, do Mustang e do Dorsal Atlântica, O Renato Martins, do Canastra e dos Tremendões, A Tatiana Fake, do Private Dancers, a Leticia Persiles, do Manacá e o Cabaret.


6. E como foi o processo de produção? Foi fácil conseguir patrocínio ou vocês mesmos que produziram?Nós mesmos produzimos.


7. Vocês inovam, logo descartam essa ‘’mesmice’’ que, em geral as bandas se enquadram ao tentar fazer algo diferente, mas acabam caindo num lugar-comum. Já que tudo se encaixa bem, no que diz respeito às letras, melodias, figurino e interpretação, como vocês percebem a reação do público a esse espetáculo? Eu acho que o público gosta desse exagero, de ter alguma coisa para ver que se relacione com as músicas. Eu poderia simplesmente chegar no palco como estou vestido agora que ainda assim as músicas teriam sentindo, mas sendo mais do que eu sou no dia-a-dia, oferecendo um eu-maior, acho que dou ao público um tipo de show que ele não vê sempre. E fico muito confortável quando exerço esse personagem, que eu particularmente acho que é o melhor de mim.


8.Existe algum novo projeto? Pretendem inovar em algum sentido ou a idéia é manter este lado ‘’teatral’’?Acho que a gente vai levar a ópera-rock para algum teatro. Foi uma idéia boa e é preciso fazer com que ela circule. E ela nos permite interagir com gente de outras bandas, o que nos oxigena e oxigena as outras bandas. Imagina: eu convido um vocal de uma banda para cantar as minhas músicas e, normalmente o que sai, é bastante diferente. Ganha a música, ganho eu, o cara me conhece, os públicos se misturam.

9. E para isso já tem patrocínio?Ainda não temos patrocínio e estamos buscando.


10. Vocês já sabem quem serão os próximos convidados?Quem nós vamos convidar num primeiro momento são essas bandas que já fizeram com a gente na estréia, mas acredito que nem sempre eles poderão, porque, afinal de contas, eles têm a própria agenda de shows. Mas o ideal seria que a gente tivesse sempre uma novidade nos papéis.


11.Pretendem viajar em turnê com o espetáculo?Por ora, a gente está buscando um teatro que sirva para o início da temporada. Depois, se a gente conseguir girar pelo Rio e pelo Brasil, será ótimo. É uma batalha muito gostosa de se levar, mesmo porque muita gente pensa: uma ópera-rock baseada nas músicas de um disco que não são como uma ópera-rock? Isso deve ser uma viagem, vaidade dos caras, deve ser ridículo. Muita gente me disse isso, que pensou que ia ser um fiasco. E no fim, falaram: "cara, tá do caralho!" É preciso criar uns solavancos, dar umas piradas. Não que nós sejamos muito originais, mas me inquieta que sempre seja o mesmo formato.


12. A partir do momento que a mesmice começar a incomodar vocês, pensam que podem partir pra outro tipo de apresentação?É assim. Nós somos músicos independentes. Não podemos trabalhar na mesma velocidade do mercado. Os Detonautas lançam disco todo ano, a Pitty, lança disco num ano, DVD no outro, nós não. Então o que acaba acontecendo: o mesmo repertório acaba sendo tocado por quase dois anos por nós.Se a gente não achar uma maneira diferente de se apresentar e de tocar as músicas, CANSA.É como se as músicas agonizassem, ficassem automáticas. Quando a gente decidiu finalmente encenar a ópera-rock, era porque as músicas precisavam daquela metamorfose, para continuarem sendo as músicas que amamos. Não sei se vai dar pra fazer isso com todos os discos: a verdade é que este disco, estas 12 canções, permitiam.


13. Vocês já preparam material novo?Pois é, a gente tem começado a compor o material para o próximo disco. Mas ainda leva tempo para acertar as músicas. Não vale a pena tocar algo que a gente sabe que vai mudar muito. Embora no show de Colégio já tenhamos tocado duas músicas que não estão no disco.


14.E o cd? Conseguiram vender bastante?Esgotamos a primeira prensagem, de mil discos. E estamos fazendo outra. por isso, baixamos o preço do CD. Essa foi outra idéia que tivemos. Só explicando: a segunda prensagem do CD fica pronta em 25 de abril; quem pagar antes, paga só R$ 9. Depois que a prensagem chegar, o preço volta a ser r$ 15. Divulguem isso: os interessados têm que entrar em contato conosco em contatoradiocabaret.com.br


15. Essa pergunta já está chata e é clichê, mas o que você acha da internet e toda essa polêmica pela ilegalidade. Acha que ela é mocinha ou vilã?A internet é uma aliada, claro. Ela é uma ferramenta extraordinária, sem ela nem estaríamos fazendo essa entrevista aqui. Alcançamos um número de pessoas que jamais conseguiríamos em 1995. Em relação à distribuição de mp3 gratuita, veja bem, as gravadoras não podem falar muito, porque elas criaram um sistema ditatorial nas rádios. Uma censura aos artistas sem gravadora, só passava para as rádios quem o jabá deixava.


16. Como vocês lidam com as críticas, principalmente as negativas?Não existe má publicidade. Se estão falando da minha banda, é porque eu agrado ou incomodo. E as duas coisas são boas, num certo sentido. Eu me importo pouco com essas críticas Eu acho o seguinte: uma vez que você sabe o que quer fazer, que você está consciente do seu trabalho e satisfeito com ele, você tem que ir atrás do seu público. E nem sempre o seu público é um Maracanã lotado, pode ser apenas uma galera seleta. Aí, quem comenta mal ou comenta bem vai te fazer sacar isso. Sei lá, o artista depende da crítica? Acho que não. O artista depende do público. O público talvez dependa da crítica, mas hoje em dia ficou tão fácil ouvir uma banda e tirar suas próprias opiniões. A crítica tem que procurar bem o seu papel hoje, assim como o artista. Tá tudo muito na cara. Gente, o CIDM DISTRIBUIU o disco deles naquele show(Em Colégio).Ou seja, quem foi lá, viu o show e pegou o disco tem todas as chances de formar sua própria opinião. A crítica vai servir pra quê? Para analisar BEM. Não para falar bem, mas para dizer com o que a banda se relaciona, onde ela mira, onde ela acerta e erra...



17. Para fechar, deixe uma mensagem, bronca opinião ou qualquer coisa do tipo para os leitores.A única coisa que eu posso dizer é: pessoas, aprendam a vaiar. Façam o artista chato ficar em casa, prestigiem quem é bom, não aceitem quem não respeita o dinheiro do seu ingresso. O artista chato é um perigo. Se você deixar ele tocar muito, você se acaba se habituando a ele. Enfim, aprendam a vaiar. Beijos.



Por: Lívia Bueno e Renata Pitanga
Eles cantam em português e dizem que se fossem um filme, pertenceriam ao estilo homônimo à banda. O Rio Underground conversou com o pessoal do Drama e , entre outros assuntos, eles falaram sobre shows, influências e projetos.



Qual a filosofia da banda? Do que se tratam as letras?

Não temos exatamente uma filosofia, mas temos um foco. Nós tentamos transmitir algumas coisas positivas baseadas em experiências negativas...Por que o nome Drama? Porque é um nome que soa legal :) E também reflete nosso gênero. Se a gente fosse um filme, certamente seríamos um drama, assim como o Mamonas Assassinas seria comédia e o Cradle of Filth um terror (ou comédia também? eheheh)

Qual a formação da DRAMA? Eddie Torres: voz, guitarra e programação eletrônica; Vinni Torres: baixo; Luca Schirru: bateria


O que vocês acham de downloads de mp3, myspace, orkut e toda essa ‘’parafernalha tecnológica’’? Mocinhos ou bandidos?

Mocinhos...totalmente. Sem a internet não seríamos ninguém, pois a gente só ‘aconteceu’ graças ao orkut, fotolog, myspace, etc. Internet só é ‘perigoso’ para aqueles que não se adaptam à nova realidade de mercado que vivemos hoje.



Vocês seguiram o caminho oposto da maioria das bandas, cantando em português. O que levou vocês a optarem por isso?

Esse é o caminho posto, né? Quando não deveria ser. Cantamos em português porque queremos ser realmente entendidos e não ser só uma melodia bonita. Acho que me interessa mais como compositor é ver que minhas experiências foram assimiladas por outras pessoas.Quais as influências da banda? Como toda banda de rock n’ roll, temos algumas bandas que nos inspiraram,como o Rob Zombie, Guns N’ Roses, Oomph, David Bowie e Depeche Mode. Mas também nos baseamos em filmes de ficção, terror, quadrinhos e artes visuais em geral pra criar nossa estética.


Qual a expectativa quanto a turnê? Muitos shows marcados?

Turnê é só o nome carinhoso que demos a uma pequena sequencia de shows que marcamos entre março e maio. Batizamos de “Eu tenho medo de viajar – tour 2008”. Um trocadilho com o nome de uma de nossas novas músicas (Medo de quem já morreu), visto que a maioria desses shows ficam há pelo menos 5 horas de viagem...Vcs já possuem material gravado? Sim...temos várias demos gravadas entre 2001 e 2007. As mais importantes foram as demos “Quem Não Pode Morre” de 2005 e a atual “...E Agora Eu Sou Assim”, que lançamos em dezembro de 2007. Também participamos de uma coletânea lançada na Europa pela ‘Danse Macabre’, gravadora alemã do fundador da banda de industrial Das Ich, Bruno Kramm, que conhecemos em 2005...ele curtiu nosso som e quis que a gente participasse.


Quais os projetos da banda?


Esperamos ainda em 2008 fazer muitos shows e gravar nosso primeiro álbum completo. Queremos também ganhar 1 bilhão de dólares e dominar o mundo. (rs)


Quais os 5 melhores discos de todos os tempos, na opinião de vocês?

Como cada um tem uma opinião pessoal diferente, vou citar os 5 discos que tem a maior influência no nosso som, dentre vários aspectos: Oomph! – EgoNine Inch Nails – The FragileCazuza – O Tempo Não ParaDepeche Mode – Songs of Faith and DevotionRob Zombie – Hellbilly Deluxewww.bandadrama.com.br

Por: Lívia Bueno

terça-feira, fevereiro 19, 2008






Jay Vaquer



Teatro UFF



17/02/08












No último domingo (17), o Teatro da UFF estava quase lotado. O motivo? A apresentação do cantor Jay Vaquer, que, diga-se de passagem, foi muito boa. O show começou com um pequeno atraso, mas nada que enraivecesse alguém; serviu apenas para aumentar a ansiedade do público.
Os responsáveis pela organização bem que tentaram, mas foi impossível conter os fãs e fazê-los assistirem ao show sentados. Não houve confusão, de maneira alguma, mas a frente do palco ficou tomada por seguidores com todas as letras na ponta da língua. Era até bonito de se ver.



Jay misturou novos e antigos sucessos. Do último cd, Formidável Mundo Cão, foram oito canções, entre elas a homônima do disco; Velho Conto do Velho Babão, e , que mereceu um bis no final. Além dessas, clássicas como: Cotidiano de um Casal Feliz , A Miragem, Pode Agradecer, Você Não Me Conhece e A Ponta de Um Iceberg. A surpresa ficou por conta de Idade se Eu Quiser( Vendo a mim mesmo), que as pessoas não esperavam ver no show.



Em determinado momento, Jay abriu o casaco e apareceu todo sorridente exibindo sua camisa do flamengo... Não entrarei em detalhes, porque gostei do show e não quero falar mal! (rs)



Voltando ao que interessa, posso dizer que foi um show intenso e energizante. As letras são ótimas. Críticas, coerentes e sensíveis. Algumas músicas são dançantes e não tem como não vibrar e pular( e às vezes até refletir) durante a apresentação. O artista canta com muito sentimento e sua interpretação é perfeita. Sua expressão facial é nota dez! Talvez pela vivência teatral, mas consegue expressar-se como louvor, seguindo a cadência da música . Você acaba se envolvendo com as histórias.


No Teatro, eram fãs mais antigos e novos. Pessoas de todas as idades estiveram presentes e durante a apresentação de A Falta que a Falta Faz, Jay chamou duas crianças ao palco e os três levaram a música. Muito legal!


Muito simpático, recebeu os fãs após o show e os admiradores de seu trabalho puderam fotografar, pegar autógrafos e conversar com seu ídolo. É uma atitude bacana e que não se vê muito por aí. Humildade e carisma é o que não falta.


É um show que recomendo.











Set List


1- Mondo Muderno

2- Você Não Me Conhece

3- Formidável Mundo Cão

4- Longe Aqui

5- Velho Conto do Velho Babão

6- Idade Se Eu Quiser

7- Preciso Poder

8- Nera

9- Aquela Música

10- A Miragem

11- Quando Fui Fred Astaire

12- Num Labirinto

13- Fomos

14- Noutro Caminho

15- A Falta Que Falta Faz

16- Por Um Pouco de Paz

17- Estrela de Um Céu Nublado

18- Pode Agradecer

19- Abismo

20- Cotidiano de um Casal Feliz

21- A Ponta de Um Iceberg(bis)

22- O Tal do Amor(bis)

23- Longe Aqui (bis)







Agradecimento: Felipe Salú (pelo set)

segunda-feira, fevereiro 18, 2008











Entrevista Jay Vaquer

Conversei com o cantor Jay Vaquer, que falou um pouco sobre o início de sua carreira, projetos futuros, inspiração para letras tão coerentes e Formidável Mundo Cão, seu novo cd.



1-Formidável Mundo Cão, é seu quarto disco. Em que ele se difere dos outros?

É um retrato mais recente.Os cd's são como fotos;momentos captados, capturados. No FMC , está o que eu queria/precisava expressar e registrar artisticamente em 2007. Nos discursos, nos arranjos...enfim, nas canções, mas encontrarão o mesmo artista do primeiro cd. Há coerência e honestidade na trajetória.



2-Que som você escuta? Algum artista que influencie Jay Vaquer?

Escuto muita coisa, o tempo todo. Em myspace.com/jayvaquer , existe um espaço onde coloco 40 artistas/bandas que curto bastante e tudo me influencia, na música e fora dela também. Outras manifestações artísticas, sociais, nos noticiários, no cotidiano. Até o que não curto musicalmente, me mostra o que devo evitar...rs... e portanto, exerce alguma influência no resultado do que faço.

3- Lí críticas a seu respeito e muitas delas citavam sua facilidade para retratar situações corriqueiras que vivemos e nem sempre nos damos conta. Qual a base para compor tantas histórias comuns, coerentes e, por sinal, muito interessantes? São experiências suas ou uma mistura de ficção com realidade?

Muito obrigado por julgar essa faceta do trabalho interessante! Fico feli
z que você pense assim. A composição nasce sempre da observação, seja ela exterior ou interior. A inspiração está na própria vida, naquilo que vivencio, experimento, mas também naquilo que leio num livro, num jornal, que alguém me conta. Tudo aquilo que me emociona ( seja qual for essa emoção ) , me estimula para o processo criativo.


4- O início da sua carreira foi em Cazas de Cazuza. Você pretende voltar a atuar?

Na verdade, minha carreira começou bem antes do "Cazas de Cazuza"... Já cantava /ralava me apresentando em shows desde 95/96 ( e bem antes, ainda criança, gravava jingles pelos estúdios ). Esse musical (2000) foi importante pela incrível repercussão obtida. Aquele sucesso foi inesperado para todos que estavam envolvidos no projeto. Acho que atuo nos shows. A interpretação está em cada canção, nos clipes, nos projetos gráficos, certamente dou vazão ao lado teatral...

5- Você já gravou músicas de vários artistas. Sonha com alguma parceria em especial?

Caetano Veloso, Herbert Viana, Chico Buarque, Marina Lima, Samuel Rosa, Pitty, Céu, MARISA MONTE... Poxa.. Ficaria feliz da vida...rsrs

6- Você tem um Blog. O que pensa sobre Myspace, Orkut e downloads de mp3?

Tenho sim, o blog da Fuzarca .rsrs.. Adoro o myspace. Uma ferramenta incrível para divulgar o trabalho e também para conhecer novos trabalhos no mundo inteiro. Adoro ficar ali garimpando e descobrindo sons, trocando idéias com colegas e aprendendo.
Orkut, tenho também. Tem sido complicado responder tudo que recebo por lá, mas sempre que posso, respondo com prazer. Acho importante ficar próximo, trocar idéias. Tem a comunidade que é fundamental para divulgar o que está por vir, para reunir pessoas interessadas pelo trabalho.
Downloads de mp3, considero positivo para divulgar o trabalho. Sou um artista preocupado em oferecer o melhor possível. Me esmero na mixagem, na masterização e a qualidade dos arquivos, muitas vezes pode detonar esse cuidado todo, então acho legal que pelo menos, as pessoas tenham a opção do CD , caso fiquem interessadas. E quem curte bastante o trabalho, acaba comprando o CD. Mas entendo também que algumas coisas que rolam na internet, ainda estão num clima demasiadamente "Faroeste".... caboclo.. rsrs.. Tem xerife dando mole...rsrs

7- Sei que FMC foi lançado há pouco tempo, mas você já tem novos projetos em mente?

Tenho sim. Um DVD que pretendo gravar e lançar em 2008...e já venho gravando um cd novo, com inéditas...

8-O que, na sua opinião, falta para o mundo cão, tornar-se são?

Pergunta complicada essa... poooxa.. rs. "Mundo são" é uma parada tão Lennon, né?!.."imagine all the people..."... Quem sou eu para responder algo assim?!?!... rsrs.. mas acredito que a insanidade seja parte indissociável desse nosso combo-vida.. rsrs.. Esse mundo cão oriundo do insano, OU NÃO (!!!) , está e sempre estará espreitando.... válvula de escape?fuga?desiquilíbrio químico?Traumas, frustrações, decepções, índole de belzebu, falta de amor...tantos motivos possíveis,plausíveis...Subitamente, a erupção, seja de angústia, ódio e lá vem a lava canina devastando.... Mas ilhas formidáveis sempre resistem.. arquipélagos lindos de rara beleza nesse oceano podre... Grupos de Crusués-Quixotescos ainda tentando, bravamente, despoluir o ambiente na medida do impossível.....

Olhe... de repente, falta para o mundo, a chance de ser habitado por outra espécie que não seja a nossa... A nossa é uma praga danada...rsrs... Somos esses "macacos sabidos" cancerígenos nessa batalha frenética, urgente, cada vez mais voltada para o umbigo.."cada um por si".... com eventuais espamos de compaixão e altruísmo... Sinceramente, generalizando sem qualquer remorso, nossa espécie, competitiva por natureza (o que é saudável numa medida tênue), segue em frente alimentando a desiguldade, muitos explorando a "vantajosa" ignorância alheia. Alheia ao injusto por princípio (!), por adestramento... Estimulando as crenças fanáticas, a culpa, o medo, os rebanhos de manobra... A regra do jogo estimula, determina essa situação com raízes sólidas; a sacanagem endêmica, máscaras de valores morais, mas no radar real, sexo, grana, poder importam... É isso. Acho que falta chegar um pessoal bacana num ovni brilhante e eles poderão mostrar possibilidades, caminhos, idéias que estão bem além de nossas muitas, muuuitas limitações humanas.






Entrevista e fotos por Lívia Bueno









Colégio Euclides da Cunha
16/02/08




Eu não gosto de eventos underground. Se é pra ser sincera, serei, ainda que sofra com as conseqüências. Digo isso porque a mesmice das bandas me irrita. Não criam, não diferenciam e acham que ainda assim farão sucesso. Talvez eu esteja exagerando e pense assim porque estou ficando velha, mas repito, esse tipo de evento na me agrada.
Porém, são os ossos do ofício e, quando menos se espera, surgem algumas boas surpresas.


A tarde começou com as bandas Nível 1 e Fall in Danger, que infelizmente não pude assitir. Logo, não falarei nem mal nem bem! Cheguei no meio da apresentação das meninas do Pink Hell. Em seguida, vieram Priest of Death , El Salvatore , CIDM , Imortais S.A, Cabaret e, por fim, o Matanza.


Eu destacaria três bandas: a Imortais SA, que tem a Dani detonado na batera; a CIDM, que faz um protesto bem-humorado, porém com letras coerentes sobre nossa Digníssima (sic) política brasileira; e Cabaret, que mescla música e teatro, numa performance bastante interessante. Não estou julgando a qualidade de nenhuma, apenas a (falta de) criatividade. É sempre a mesma coisa e convenhamos, uma hora enche o saco.


Os meninos do CIDM apresentam-se trajando terno, gravata e máscaras dos nossos querido(?) políticos. Conseguem protestar de forma divertida e, apesar de na hora da apresentação ninguém parar pra discutir política, impregnam no inconsciente, com certeza! Já o Cabaret, tem um vocalista no maior estilo Boy George, e são influenciados por bandas como Queen e o cantor Elton John. Além disso,são auto- intitulados como os últimos heterossexuais sensíveis. É
uma temática interessante.
Enquanto os shows rolavam, na quadra do Colégio Euclides da Cunha, no pátio alguns djs insistiam em fomentar uma pseudo-rave, mas o som de dentro, abafava o de fora e era quase impossível ouvir alguma coisa. Porém, mesmo assim, algumas pessoas insistiam em dançar e a ‘’rave’’ fez sucesso.


Por volta d
as 22h, o Matanza começou seu show, que durou aproximadamente uma hora e meia. Confesso que não o som dos caras não é bem minha praia, até porque não sou machão (rs), mas não posso negar que tenha sido um bom show. Já era de se esperar, mas no momento em que a banda se apresentou, foi quando a quadra do colégio ficou mais cheia. Os rapazes, devidamente identificados com as letras, esbanjavam orgulho e satisfação em ouvir palavras tão coerentes com seu estilo de vida! Haha. Faziam coro em todas as músicas e rodinhas proliferavam-se! O som do local nem era dos melhores, mas não foi um problema. Os pontos altos foram em clássicas como : Clube dos Canalhas, Ela Roubou meu Caminhão e Bom é quando faz mal. Levaram também Pé na porta, soco na cara , O último bar e Estamos todos bêbados , entre outras.


No geral, foi legal. Pra quem gosta! Haha.












Lívia Bueno




Fotos: Renata Pitanga

domingo, dezembro 02, 2007



HIM
Hard Rock Cafe –Orlando
24 de novembro de 2007



Um sonho!

Antes de mais nada peço desculpas a todos que lerão este relato, mas não serei imparcial.
Primeiramente, falarei um pouco sobre como tudo começou.
Quem me conhece sabe que o HIM tornou-se minha banda favorita desde a primeira vez que ouvi Wicked Game, um cover maravilhoso do Chris Isaac, há quase sete anos. Nessa época eu ainda não possuía banda larga e era muito difícil baixar cd`s e, pra quem é contra a pirataria, eu também era uma mera estudante secundária e sem mesada, logo, não podia comprar os cd`s! Baixava música por música e vibrava a cada download concluído! Pode parecer besteira, mas eu nunca fui de me ligar aos nomes dos integrantes, decorar todas as letras( decoro nomes de pessoas, números de contas, telefones e tudo mais, porém nenhuma letra de música fixa-se em minha mente. É sério) e saber de cór cada passo da trajetória de cada um dos membros. Coisa de adolescente ou não e com um certo retardo, cerca de muitos meses depois fui procurar saber quem fazia parte dessa banda que tocava meus sentimentos tão profundamente e eis que deparo-me com um vocalista lindo e com uma androginia cativante! Não serei hipócrita e admito que a beleza do Ville Valo foi um detalhe super importante, mas creio que hoje em dia as pessoas que se dizem fãs, seguem o caminho inverso. Não vou discutir, pois esse não é o ponto-chave e não serei egoísta de querer a banda só pra mim! Quero que façam é muito sucesso! Mas seria muito legal se as pessoas percebessem que a banda não se chama Ville, mas HIM.



Continuando, nem sei bem por onde começar, pois estou exaltada até agora! Pensei que nunca assistiria um show deles e em três meses já foram dois! O primeiro foi em agosto passado, em West Palm Beach, pelo Projekt Revolution . Lembro-me que estava em transe, nem conseguia cantar. Fiquei parada só olhando e sentindo uma felicidade tamanha por estar ali, mas não posso dizer que foi perfeito. Pra quem não tinha nada, era um contentamento, mas a banda estava deveras desanimada. Ville mal cumprimentou o público e, apesar de não terem sido rudes, estavam com um ar meio blasé, cansados talvez. O set foi bem conciso, afinal só tocaram por quarenta minutos. Muito pouco para quem esperou tanto tempo, mas eu tinha que ‘’aceitar’’, pois eles eram apenas convidados. Depois, lendo algumas entrevistas, vi que admitiram estar cansados e pouco acostumados com aquele modelo e ritmo de festivais. Era complicado terem que tocar pra pessoas que estavam ali pra ver bandas como ‘’Linkin Park’’, ‘’Placebo’’ e ‘’My Chemical Romance’’, mas eles o fizeram bem, apesar de tudo.



Antes mesmo de mudar-me para os USA, procurava por shows da banda. O supracitado foi descoberto com quatro meses de antecedência e, prestes a lançarem seu Vênus Doom , eis que anunciam novas datas aqui nas terras ianques. Apesar de terem sempre todas as bandas passando por aqui, os fãs também sofriam como nós brasileiros por estarem de fora da rota da turnê, mas creio que pra eles tenha sido pior, afinal foram agendadas algumas datas pelo Dark Light, mas as mesmas foram canceladas, fazendo com que a frustração fosse ainda maior.



O show aconteceu no Hard Rock Café, em Orlando, um local agradável e com um clima bem rock`n roll, mas que nas dimensões, lembrou-me o carioca Canecão. Infelizmente descobri tardiamente como contactar o diretor-geral para fazer a cobertura completa, com fotografias e tudo mais e a casa não liberou a entrada de câmeras fotográficas para o público. Com isso, tive o desprazer de fotografar utilizando meu celular e conseqüentemente, conseguindo fotos de péssima qualidade! Porém, isso não importa agora, pois eu, como fã, tenho tudo guardado na memória ( e o set list que peguei no final!), o que é mais válido.



Antes do HIM se apresentar, uma banda até então desconhecida para mim, encarregou-se da abertura. Eles são o Bleeding Through. Banda muito boa, por sinal. O estilo? Nada a ver com o HIM, pois eles têm um som bem pesado, apesar de uns toques melódicos. O sexteto executou as canções de seu novo álbum , o The Truth, que, como eles mesmos afirmam, é mais honesto, rápido e não possui qualquer pretensão, ‘’o que já era melódico, ficou mais melódico e o que era pesado, ficou duas vezes mais brutal. ‘’ . Eu destaco três canções : Love lost in a hail of gun fire , Kill to believe e What I bleed without you . Porém, vale a pena conferir o restante do repertório. Vale ressaltar também, que, incrivelmente, mesmo com a grande ansiedade pelo show do HIM, as pessoas bangearam durante toda apresentação Do ‘’B.T.’’ e no final eles inclusive agradeceram pelo respeito, já que uma banda não tinha nada a ver com a outra.


Diferentemente do Bleeding Through, os verdadeiros astros da noite não foram nem um pouco pontuais. Seus instrumentos já estavam pseudo-prontos e arrumados atrás dos painéis da primeira banda, mas mesmo assim os roadies demoraram quase UMA HORA para organizar tudo. O público estava ansioso, quase aflito. Depois desses quase sessenta minutos eis, que as luzes se apagam e o público vibra numa animação inexplicável. O Hard Rock não estava lotado, mas o local ficou pequeno pra tanta gente se espremendo pra chegar mais perto do palco. Eu estava no meio, quer dizer, na frente, mas eu sou fã e os fãs podem tudo! (rs).


Burton (teclados), Gas (bateria), Migé (baixo) , Linde (guitarra) e o frontman Ville (vocais) adentraram no palco executando Passion`s Killing Floor, de seu novo cd Venus Doom, seguida por Rip Out the Wings of a Butterfly , Buried Alive by Love, Wicked Game e Kiss of Dawn. Só depois da quinta música Ville e sua trupe fizeram uma pausa para cumprimentar o público que a todo tempo lançava presentes ao palco. Tais mimos variavam desde sutiãs e ursinhos de pelúcia até mesmo a um livro sobre frotismo ( foi o que consegui ler ‘’Frotism’’), que deixou Ville bastante interessado, chegando ao ponto de ler os primeiros parágrafos para o público, que não deixou passar o fato dele não conseguir enxergar de longe e sem os óculos. As pessoas foram cruéis na zombaria, mas ele entrou na brincadeira e em vários momentos agradeceu ao tal ‘’Jack’’, que arremessou o livro e também dizia que leria depois, com as devidas lentes.


Depois de papear , prosseguiram com Vampire Heart, Poison Girl , Dead Lover`s lane , Join me e It`s All Tears . Então Ville jogou mais conversa fora, respondeu ‘’Também te amo, babe’’, pra uma fã enlouquecida(não fui eu, juro!), fumou cigarros que ganhou da platéia e falou um pouco sobre a música seguinte. Não lembro bem o que ele disse lá na hora, mas já vi em entrevistas que Sleepwalking Past Hope foi uma música bastante trabalhosa e que estavam ansiosos para tocá-la.



Antecedidas por mais uma pausa para a troca de figurinhas da banda com os fãs, vieram Killing Loneliness , Soul On Fire, Your sweet 666, Bleed Well e Right Here In My Arms . Ville então começou a agradecer e logo percebeu-se que o fim estava próximo. Começou a falar de amor e que contaria uma bonita história sobre o tema; foi quando começou a cantarolar, à capela ainda os primeiros versos de The Funeral of Hearts. Pra quê? Uma das músicas que mais gosto! Cantei(gritando) do início ao fim e quase chorei!



Depois dessa, deixaram o palco e ainda nos fizeram de bobos, pois puseram um adorno natalino inflável no chão e as pessoas não entenderam nada! Era só um cumprimento pela data que se aproxima mesmo. Simpático da parte deles.



Resumindo, foi um show e tanto. Teve um set list variado e eu diria completo também. O público correspondia às investidas da banda e várias vezes cantavam em uníssono alguns refrões, quando Ville pedia que seus companheiros diminuíssem o volume dos instrumentos. Estavam à vontade e o sr. Vallo era só sorrisos. Brincava, dançava, lia e fumava (DEMAIS). Creio que a reabilitação realmente tenha feito bem pra ele, pois enquanto Burton entornava uma cerveja atrás da outra, Ville toda hora mostrava pra gente que estava bebendo apenas Coca-Cola e Red Bull. Que bom.



Agora, sem demagogias, espero que dessa vez não seja boato e eles realmente decidam-se por tocar no Brasil. Interesse eles dizem que tem e torcida nós brasileiros também temos. E muita, por sinal. Que tenhamos a ‘’Venus Doom Tour’’ e nos esgoelemos de tanto gritar os versos de nossas canções favoritas.



Pra encerrar, desculpem-me, mas não consegui ser imparcial.

domingo, julho 29, 2007


:: MARYLIN MANSON ::



Data: 25/7/2007


Local: Sound Advice Amphitheatre West Palm Beach, FL


Por: Lívia Bueno





Era uma quarta-feira chuvosa e o clima era propício a ficar em casa assistindo TV ou fazendo algo do tipo, mas mesmo assim, os fãs mais fiéis compareceram ao Sound Advice Amphitheatre em West Palm Beach, FL para conferir as performances de Slayer e Marylin Manson.
Só pra compartilhar com os que ainda não puderam assistir algum show no exterior, digo-vos que, pelo menos aqui nos Estados Unidos, as pessoas costumam comportar-se como aí no Brasil. Digo isso em relação à roupas e afins. Senti-me em casa, confesso. Às vezes parecia que eu estava na porta da DDK ou passeando pelo Garage, pois o público traduzia em sua indumentária, todo o seu lado (ou admiração pelo) freak. Também pudera, tendo como o astro da noite ninguém menos que Marylin Manson, o rei do circo dos horrores, até mesmo eu entraria no clima.
Só pra constar, ainda que não vos interesse, minha admiração por este ser ‘’das trevas’’ vai muito além do âmbito musical. Resumindo, comecei a ouvir Mr. M.M. em mil novecentos e noventa e nove, quase uma no depois de converter-me ao rock’n roll. Uma colega da escola, indignada por eu gostar de Raimundos, emprestou-me alguns cd’s, dentre eles um do Iron Maiden que não em recordo qual, mas também virei fã e o então Mechanical Animals, lançado no ano anterior, pelo qual me apaixonei. Admito tê-lo achado bizarro, até mesmo pelas coisas que minha amiga contou sobre ele, inclusive uma história d’ele ter arrancado as costelas pra...ah, vocês sabem! Talvez, a princípio, eu realmente tenha me interessado por essa extravagância, mas com o passar dos anos e com meu desenvolvimento, tanto musical quanto intelectual, vi que ele é um cara com o qual eu gostaria muito de bater um papo. Conversar sobre música também, mas principalmente sobre política e o mundo em si. Depois de vê-lo em ‘’Tiros em Columbine’’, passei a admirá-lo ainda mais. É apenas minha opinião, mas penso que ele seja um cara muito coerente e engajado, ainda que seu visual não demonstre isso. Pra finalizar, eu gosto assim mesmo e tenho um grande respeito por ele.
Voltando a falar sobre o show, quem abriu a noite foi o Slayer, numa apresentação curta, de apenas uma hora e que não empolgou grande parte do público. Não sei se era a chuva, mas seu trash metal californiano não parece ter sido suficiente e fez com que pouca gente ‘’batesse cabeça’’ ou demonstrasse qualquer feição diferente da apática que pude observar em grande parte dos rostos. Além disso, o som não colaborou, estava abafado demais e com alguns ruídos. Não fui ao show deles aí no Brasil, mas creio que tenham empolgado a galera, afinal, infelizmente nosso país não recebe toda hora esse tipo de ‘’visita’’, então, mesmo quando um show não é muito bom, muita gente tenta ‘’defender’’ e dizer que foi legal, mas aqui, como as pessoas têm mais acesso, acabam tornando-se um pouco mais exigentes. Eu acho. O Slayer é formado por Tom Araya (vocal), Jeff Hanneman (guitarra), Kerry King (guitarra) e Dave Lombardo (bateria) e vem apresentando em seus shows as músicas de seu álbum mais recente, Christ Illusion, lançado em junho de 2006.
Aproximadamente trinta minutos depois, depois de um intervalo, sobe ao palco a grande estrela da noite, sendo muito ovacionada pelos presentes. O público antes disperso, aglomerou-se o mais próximo possível do palco pra conferir de perto a performance de Marylin Manson. A primeira faixa de seu novo cd, Eat me, Drink me - If I Was Your Vampire - foi a responsável pela abertura de seu show. Em seguida mesclaram-se clássicas como mObscene, Sweet Dreams e Rock is Dead. Estiveram presentes no repertório também, entre outras, Putting Holes in Happiness, Just a Car Crash Away e Heart-Shaped Glasses, do novo álbum. O show encerrou-se com uma brilhante apresentação de The Beautiful People, com direito a um mini-espetáculo pirotécnico e chuva de papel. Ficou bonito. Como fã, senti falta de Coma White, mas não vou reclamar, afinal, em uma hora e poucos minutos nenhuma banda toca todas as músicas que todos querem ouvir. Além disso, deu pra fãs novos e antigos curtirem, pois a miscelânia pôde agradar a todos.
O show não deixou nada a desejar e Marylin tem realmente uma presença muito forte. Enquanto executava Rock is Dead, desceu do palco e começou a cantar no meio de uma pequena multidão que obviamente ficou louca. Utilizou também uma cadeira gigante e toda hora se jogava no chão, como se estivesse se contorcendo. Bem louco!
Pra finalizar, aconselho todos você a não perderem o show em setembro. Dêem um jeito de ir, porque vale muito a pena.

segunda-feira, abril 30, 2007


Confira o rápido bate-papo com Leni, vocal da banda Lizzy, que vem se destacando na cena carioca já tendo dividido o palco e aberto shows de bandas renomadas, como o Strike e Cueio Limão.




1-Pra começar, gostaria de saber sobre a formação da banda e também o porquê do nome, pois parece um nome feminino!


Bem é o seguinte: Vitor e Digão nas guitarras, Black na bateria e eu, Leni, fico no baixo e vocal. O processo pra ficar o nome Lizzy foi bastante simples.Calhou que todos nos queríamos um nome feminino e curto, então disponibilizamos algumas opções para os nossos amigos e Lizzy fora a mais votada.



2-Em que estilo vocês se encaixam?Seria o emocore? Ainda que não,como vocês encaram todo esse ‘’preconceito’’ com os seguidores do estilo?


Tentar achar um padrão no som de qualquer banda é complicado, saca? Todo estilo que se diferencia um pouco dos outros acabam sendo um pouco alvo mesmo. O emo é do final da década de 80 e cresceu com o hardcore melódico mas não se fixou.



3- Do que se tratam as letras das canções da Lizzy?


Totalmente baseadas em fatos reais com coisas que acontecem conosco e com nossos amigos. Por isso, o som nasce como tem que vir.



4-4-Como foi dividir o palco duas vezes com o Strike? Há alguma outra banda com quem vocês gostariam de tocar ou simplesmente participar da abertura??
A galera ouviu, gostou, animou...no quadro geral, foram duas ótimas apresentações.



5-Todas as músicas da Lizzy são próprias da banda ou vocês levam covers também?Black - Algumas das nossas musicas eu tinha pronta em casa e nós íamos criando versões de músicas conhecidas de estilos diferentes.



6-Qual tipo de música vocês ouvem e quem e/ou o que serve de influência para a banda?


Temos influência forte da cena pop-punk fora alguns lances diferentes que batem na playlist do nada. Bandas como New Found Glory, Allister, Something Corporate, Lifetime, Fall out Boy, também emoponto e Strike né? Que estão fazendo um trabalho de destaque de um tempo pra cá .


7- Essa é a pergunta que sempre faço, sobre a relação dos músicos com a internet. Seja em páginas pessoais e da banda,disponibilidade para downloads etc. O que vocês têm a dizer sobre isso? Também utilizam-se desse meio de comunicação a seu favor?
Tem sido uma ótima forma de divulgação assim como o Orkut também, disponibilizando a área de link com o Youtube. É uma ótima forma também pra divulgar eventos.



8-Vocês tem algum material gravado?


Temos dois singles publicados no site da Trama Virtual (
www.tramavirtual.com.br/lizzy). Podem dar uma conferida!



9- Pra finalizar, queria que indicassem um set list de um show perfeito pra vocês.


California Dreaming - Hi StandardYesterday - MestDressed to kill - New Found GloryTorn(Natalia Imbruglia) - Off by OneAnthew for tonight - HalifaxOf all the gin joints in all the worlds - Fall out BoyRunaway - CartelNew girl - Suicide MachinesMay 16 - LagwagonNot the same - Bodyjar