terça-feira, outubro 17, 2006


Festa Ploc 80's
Circo Voador [13/10/06]

Como uma a
ntiga freqüentadora da Festa Ploc, desde seus primórdios no Espaço Marun, posso dizer que esta tenha sido uma das melhores. A sexta-feira 13, de nada lembrava a data assustadora e o que se via eram pessoas divertidas, alegres e dançando sem se importar com nada. O Circo Voador estava lotado e as quase três mil pessoas presentes, fizeram com que o calor humano fosse notável! A energia da galera era contagiante e o pessoal vibrou até mesmo bem depois do fim da festa, com as luzes já acesas.
Antes das atrações especiais, que começaram suas apresentações por volta da meia-noite, o público se esbaldava na pista de dança com os sucessos oitentistas.


A primeira a subir ao palco foi a aplaudidíssima Gretchen. A rainha do rebolado [e das plásticas ], mostrou que ainda tem bastante pique para enfrentar horas de show dançando sem parar. De vez em quando dançava engraçado, mas foi muito simpática todo o tempo, inclusive interagindo com os fãs. Um momento ‘’bizarro’’, foi quando a cantora e dançarina iniciou o assunto sobre a homossexualidade assumida de sua filha e a repercussão que isso vem tendo na mídia; agradeceu a apoio dos fãs e disse que estaria sempre ali para eles. Alguns aplaudiram e outros gritaram gracinhas, obviamente. No repertório de Gretchen novos e antigos sucessos como’’Conga Conga Conga’’, ‘’Freak Lê Boom Boom’’ e ‘’ Melô do piripipi’’. Todas em flashback, diga-se de passagem, mas nesse caso, ninguém se importa, não é mesmo?!

A segunda at
ração da noite foi a Banda Ploc, que também agitou a galera com os sucessos dos anos 80. O microfone do vocal estava meio baixo, o que dificultava o entendimento das letras, mas a maioria das pessoas ali sabiam-nas de cór e salteado! Devemos citar o baterista que, mesmo sem um equipamento condizente com sua capacidade, fez um ótimo trabalho. A banda é realmente boa, apesar de a vocalista de vez em quando lembrar aquelas moças que vão cantar no Raul Gil. Mas ela é animada. Levaram sucessos de Legião Urbana, Lulu Santos, Roupa Nova e até Roberto Carlos. No meio de sua apresentação, houve um bis com a cantora Gretchen e também a participação dos Abelhudos.

Em seguida, foi a vez de Luciano Nassyn, o eterno ‘’Luciano do Trem da Alegria’’, que já chegou avisando ao público que os sucessos do Trem iam rolar, mas antes ia fazer alguns covers, como Legião Urbana. Chegada a hora das músicas mais esperadas, os fãs cantarolaram todas as letras sem errar. ‘’He-man’’ ,‘’Thudercats’’ , ‘’Uni Duni Tê’’ e ‘’É de Chocolate’’. Os organizadores distribuíram até espadinhas de plástico, uma sensação!

Logo depois, foi a vez do eterno BOZO! Divertidíssimo ver as pessoas invadindo o palco para participar das brincadeiras, dançar e dar uma bitoquinha no nariz do palhaço! Cantou algumas músicas de seu programa e distribuiu alguns brindes. Foi bem legal também!

Pra fechar a noite com chave de ouro, as Paquitas, também super simpáticas , iniciaram sua apresentação. As me
ninas da platéia, relembravam seus tempos em que dançavam em frente ao espelho querendo ser uma delas e os meninos admiravam a boa forma das já veteranas! No repertório sucessos próprios como ‘’É tão Bom ‘’ e ‘’Sonho de verão’’ e também de Xuxa, como ‘’Ilariê’’ e ‘’ Lua de Cristal’’. Muito animadas, cobravam da platéia que não parassem de dançar e pular e, obviamente foram correspondidas pelo público animadíssimo.
Foi uma festa muito boa que quem não foi perdeu muita alegria. Espero que aconteçam outras Ploc’s nesse nível.

sexta-feira, outubro 13, 2006


DIA 15 DE OUTUBRO ÀS 20 H

AFTER FOREVER E GOTTHARD NO CIRCO VOADOR!




Gente, peguei essa imagem no site da HEADBANGER.


segunda-feira, outubro 09, 2006



The Dark Side of The Moon é uma obra - prima. Clichés à parte, é inovador, totalmente concatenado e de uma musicalidade incrível. É o típico disco que você ouve de uma maneira quando esta meio deprê e de outra quando está mais calmo e quer relaxar. O interessante é que surte um efeito promissor em ambos os casos! Com suas letras agregadas a temas como morte, guerra, paranóia alienação e loucura, aliadas aos efeitos criativos, a banda conseguiu que o álbum se imortalizasse e se tornasse atemporal, pois suas letras encaixam - se perfeitamente aos dias de hoje. Um exemplo claro disso é a música "Time", que nos mostra o quão somos passivos e desleixados a respeito do nosso tempo de vida e das oportunidades que perdemos, muitas vezes por motivos banais. No trecho a seguir você vai entender melhor: ‘’ Você é jovem/ E a vida é longa/ E tem tempo para matar hoje/ Até que um dia/ Você percebe que dez anos se passaram/ Ninguém lhe avisou/ Quando correr/ Você perdeu
a largada/ E você corre e corre/ Pra alcançar o sol...’’
Além dessa, há também a faixa "Money", que tem na introdução sons simulando caixas registradoras e moedas caindo, juntamente com o saxofone de Dick Parry, que permanece no decorrer da música e contribui para sua harmonia . Então você para e pensa: ’ Cara, que perfeito!’’. Pois há toda a climatização e você não consegue pensar em outra coisa a não ser dinheiro.
O álbum conta ainda com as belíssimas "Us and Them", "Brain Damage" e "Eclipse", entre outras que nos fazem viajar e nos questionar, de uma maneira simples e brilhante. Não é á toa que esse "Classic Álbum" ficou nas paradas da época por um número recorde de semanas. Roger Waters estava realmente inspirado! Resumindo e talvez até sendo um pouco repetitiva, é basicamente um disco que nos faz refletir a fragilidade humana. É conceitual e de uma produção impecável. Se pudesse definir em apenas uma palavra, diria: Necessário!
Set List:01. Speak to me
02. Breathe
03. On the run
04. Time
05. The great gig in the sky
06. Money
07. Us and them
08. Any colour you like
09. Brain damage
10. Eclipse

Por Lívia Bueno

terça-feira, outubro 03, 2006


NOFX
Claro Hall ( 29/09/06)



Depois de esperarem quase dez anos, nove pra ser mais exata, os fãs da banda norte-americana NOFX puderam conferir novamente a performance do grupo punk da Califórnia, formado por Erik Sandin (bateria), Eric Melvin (guitarra), El Hefe (guitarra) e Fat Mike (vocal). A muito comum falta de efeitos sonoros nas músicas dos anos 80, fez com que a banda, que também não os utilizava, se baseasse numa outra banda punk, a ‘’Negative FX ‘’ para dar um nome ao grupo. Os integrantes compuseram o nome como No Fx, significando No Effects (sem efeitos).
Falando do show em si, pra variar, o som do Claro Hall estava bastante satisfatório, o que colaborou para que a banda não tivesse, pelo menos aparentemente, problemas técnicos. A iluminação também foi um ponto positivo, menos para os fotógrafos que agora são proibidos de utilizarem o flash como um recurso, mas isso não foi nada perante a grande apresentação do NOFX no Rio e no resto do Brasil, afinal sua turnê passou também por São Paulo e Curitiba, com um set diferenciado.
Aqui no Rio, a introdução foi ao som do trompete de El Hefe (guitarra) e depois de uma conversinha inicial, saíram quebrando tudo com ‘’ Murder the Government’’ e ‘’ Dinossaurs Will Die’’. O repertório englobou músicas de vários cd’s, não se prendendo apenas o novo álbum, ‘’Wolves in Wolves’ Clothing’’. ‘’Scavenger Type’’, ‘’Seeing Double at the Triple Rock’’ e ‘’Bob’’ foram as músicas que mais fizeram o público vibrar e abrir as tão famosas e sempre presentes rodinhas, principalmente em shows de punk rock! Levaram também um cover de Radio do Rancid de forma bastante competente, fazendo a galera fazer coro gritando o nome da outra banda também! The Decline, uma das músicas mais pedidas pela galera foi puxada várias vezes por Fat Mike mas ele só deixava os fãs com água na boca e disse, segundo alguns fãs que só a tocaria na Argentina.
Muitas pessoas reclamaram da ausência de músicas fundamentais para uma apresentação perfeita da banda, como’’ Don’t Call me White’’, ‘’Leave me Alone ‘’ e ‘’Streight Edege’’ entre outras clássicas. Uma das reclamações foi o excesso de conversa dos integrantes da banda, que na maior parte do tempo trocavam idéias entre eles e o público. Fizeram piadinhas uns com os outros, Disseram que os fãs não pareceiam brasileiros pois sabiam cantar tds as músicas e até criticaram seu presidente dizendo que ele merecia atirar em sua própria cabeça, mas alfinetadas do tipo já são comuns para a banda!
De fato, o show foi muito bom,apesar de curto, mas os grandes fãs mesmo esperavam um pouco mais. Pelo menos foi o que eu ouvi na saída e depois observei em posts em comunidades relacionadas à banda. A grande reclamação mesmo foi a falta de alguns sucessos, porém, admitamos que, por mais que as músicas sejam curtas, tendo mais de 10 cd's lançados não dá pra tocar tudo!
O show foi encerrado com ''Theme from NOFX Album'' , mas o guitarrista Melvin, apoderou-se de um acordeom e começou a tocá-lo direto, sem querer parar e ir embora! O Roadie entrou na onda e cantarolou uns versos enquanto o outro tocava! Foi engraçado, pois a maneira como o guitarrista se mexia parecia até cinema mudo. Foi um encerramento divertido!


Set List (não-oficial)Intro
Murder de Government
Where is my slice
Six Pack
GirlsStickin in my eye
Bob
Linoleum
Perfect Government
The BrewsHobophobic (Scared of Bums)
All his suits are torn
Im Telling Tim
Champs Elysees
Eat the MeekQuart in Session
Whats the matter with parents today
Dinosaurs Will Die
Bottles to the ground
Radio (cover rancid)
Franco un american
Idiots are taking over
Seeing double at the triple rock
Leving jeasusland
Theme from NOFX Album

Review por: Lívia Bueno
Fotos: Philippe Fernandes

segunda-feira, outubro 02, 2006




Uriah Heep ( Rock in Concert Brazil 2006)
Canecão -27/09/2006


Após cancelarem o show previsto pro ano retrasado( 2004), os britânicos do Uriah Heep finalmente tocaram novamente em terras tupiniquins. A banda de hard rock formada no fim dos anos 60 apresentou-se pela terceira vez no Brasil, no Canecão, no último dia 27 no evento Rock in Concert Brazil 2006, antecedida por duas outras bandas, a King Bird de São Paulo e a gaúcha Apocalypse. A primeira segue em turnê promocional de seu álbum de estréia, ''Jaywalker' e em seu repertório tocaram ''Burning Like The Sun'', ''Mother Nature'' e ''Empty House'', entre outras. Os trinta minutos concedidos à banda foram poucos e a platéia pedia mais, porém, por motivos óbvios não foi possível que o show fosse estendido. Em seguida, entrou o Apocalypse, que além de se encontrar numa grande fase e possuir um repertório próprio e de qualidade, ainda vem recebendo premiações e destaques na cena musical. A banda que possui Eloy Fritsch , eleito pela terceira vez o melhor tecladista do Brasil também fez um bom show, apesar de alguns problemas técnicos, inclusive o microfone do vocal Gustavo Demarchi, que caia durante sua apresentação de flauta. Nada que um roadie não resolveria!
Por volta das 23h e 15min, o Uriah Heep subiu ao palco do Canecão levando todo público para perto do palco, afinal eles eram a grande atração da noite!Com mais de cinquenta álbuns lançados,o Uriah Heep é considerado uma das maiores bandas de Hard Rock de todos os tempos, arraigando muitos fãs por todo o mundo, mas sua popularidade decaiu após a década de 70. Porém, retornaram com força total e anualmente vem gravando um DVD em Londres todo mês de novembro, em homengaem ao disco ''Magician's Birthday''.As pessoas vibravam e cantavam junto com Mick Box ( vocais e guitarra ), Lee Kerslake ( bateria e vocais ), Bernie Shaw (vocais), Trevor Bolder ( baixo e vocais) e Phil Lanzon (teclado e vocais) .
A roupa do vocalista era a melhor! Não tinha como não chamar a atenção aquela blusa laranja e sua calça justa que possuía motivos praianos ou corais, sei lá! Além de tudo ela brilhava! Comentários fúteis à parte, o Uriah fez um ótimo show e não desagradou à grande maioria dos fãs, que saía satisfeita da casa de shows, mas obviamente alguns reclamaram da ausência de algumas músicas. Normal, em todo show tem isso! Fizeram uma boa apresentação e estavam entrosados.Além disso, o som e a iluminação estavam razoáveis, o que não foi problema já que a casa não estava lotada, sendo assim um ambiente agradável também pra quem preferiu ficar apenas sentado ouvindo e apreciando o som da banda.


Review por: Lívia Bueno

Fotos por: Philippe Fernandes